Como vencer Espíritos malignos e teologia morta

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Harold Hill

Que é que você tem feito com a palavra de seu testemunho?

Um irmão da nossa igreja em Baltimore é um vendedor que distribui milhares de folhetos com mensagens bíblicas todas as semanas enquanto faz seu negócio. Certo dia o Senhor levou-o a colocar na mesa de sua chefe um folheto contendo seu próprio testemunho. Na manhã seguinte ela o chamou.

Algo deve estar errado hoje”, explicou em tom de desculpas. “Isto nunca aconteceu antes; mas, por alguma razão, não conseguimos fazer contato com os espíritos. A outra dimensão não pode baixar, por algum motivo

“Aquele panfleto que você colocou na minha mesa ontem” — disse ela —, “li-o a noite passada e fiquei interessada na menção que você fez a algo chamado Espírito Santo. Conheço muito a respeito de espíritos, porque dirijo sessões espíritas em minha casa todas as terças-feiras à noite, mas nunca ouvi coisa alguma sobre este Espírito Santo. Como é que eu poderia saber sobre ele?”.

“Bem”, disse-lhe Larry, “eu poderia conseguir alguém para ir à sua casa falar ao seu grupo sobre o Espírito Santo. Que tal?”.

“Ótimo”, concordou ela. E a data foi marcada. Larry deu a mim a tarefa.

Quando cheguei à casa quase podia sentir o poder de Satanás espiando-me pelas janelas. Sua presença era como um denso manto negro sobre a sala no porão aonde fui conduzido para o encontro.

No início da reunião, tive a oportunidade de testemunhar por alguns minutos para doze senhoras judias sentadas em círculo. Estavam todas profundamente envolvidas com o oculto, e eu podia dizer isso, só de olhar-lhes nos olhos, com o dom de discernimento de espíritos. O diabo espiava-me com ódio, através dos olhos de cada pessoa. Ele reconhecera a chegada de um filho do Rei e sabia que teria problemas.

Sem contato

Às nove horas a dona da casa me disse: “Esta é a hora em que deixamos tudo e ficamos em silêncio para fazer contato com nossos amigos”.

Eu sabia que os amigos a quem ela se referia eram espíritos, pois eu já estivera envolvido com tais coisas, certa vez.

“Algo deve estar errado hoje”, explicou em tom de desculpas. “Isto nunca aconteceu antes; mas, por alguma razão, não conseguimos fazer contato com os espíritos. A outra dimensão não pode baixar, por algum motivo”. Elas não imaginavam que a presença de um filho de Deus expulsava as trevas.

Depois do silêncio no qual elas haviam esperado em vão que algo acontecesse, fui convidado a continuar meu testemunho.

Olhei diretamente para a dona da casa e fiz-lhe a pergunta que o Senhor me pusera na mente:

“Já imaginou de onde vem esse terrível vazio, esta enorme lacuna que existe dentro da senhora?”

A pergunta teria de vir do Espírito Santo. Certo era que não se originara em minha mente, porque essa senhora não parecia, de forma alguma, vazia. Ela era uma mulher de negócios muito bem-sucedida, aparentemente feliz — uma viúva que valia milhões.

“Meu terrível vazio? Mas como o senhor descobriu? Tentei mantê-lo escondido”. Ela batia no canto dos olhos com um aprimorado lenço rendado, cuja única finalidade tinha sido, até ali, decorativa.

“Esse vazio estava me pondo louca”, continuou ela. “Tentei pílulas, alcoolismo, tentei o espiritismo — já tentei de tudo”.

Notei que umas duas senhoras estavam acenando com a cabeça como se dissessem que aquela era sua história também.

“A senhora gostaria de ter esse vazio preenchido? Gostaria de ter a presença de Deus e paz em lugar dessa horrível lacuna?”, indaguei.

“Oh, sim!”, exclamou ela. “Mas será isso possível para mim? Sou judia ortodoxa, fui criada na religião judaica, e esse Jesus de quem o senhor fala, aprendi a culpá-lo por todos os meus problemas, mas não buscar nele as soluções”.

“Senhor”, orei em silêncio, “que fazer agora?”

Salvas do engano

Antes que pudesse mover-me, uma das outras senhoras falou.

“Mas você não ouviu o que o homem disse, Ester? Jesus não é uma religião; então não pode entrar em conflito com sua educação judaica. Ele é uma pessoa, e é a solução do problema”.

“É tão simples assim?”, respondeu-me Ester, com a voz cheia de esperança.

“Acho que sim”, ouvi-me dizendo.

“Então é o que eu quero”, exclamou Ester. Quero a fonte de poder no lugar deste imenso vazio. Que é que eu preciso fazer para consegui-lo?”

Eu estava pensando que algo complicado teria de acontecer; que eu precisaria me utilizar de João 3.16, Romanos 10.9, e do todos os outros passos estabelecidos para a salvação. Imaginei que ninguém poderia ser salvo sem os mesmos, contudo, Jesus parecia dizer-me:

Oh, não! Vou cuidar deste caso de forma diferente!

Sim, eu bem podia ver isso. Os textos comuns do Novo Testamento teriam afastado as senhoras judias, mas meu testemunho as havia aproximado. O texto bíblico que Jesus colocou na minha mente naquele dia não foi para ser citado, apenas para que eu confiasse nEle. Dizia o seguinte:

Estes, pois, o venceram — o próprio Satanás — por causa do sangue do Cordeiro — o sangue derramado por Jesus que está pronto a tirar qualquer corpo da morte — e por causa da palavra do testemunho que deram”, Apocalipse 12.11.

Eu quase não conseguia falar. O que Ester perguntou poderia ser traduzido como:

“Que é que eu preciso fazer para ser salva?”. O Espírito Santo havia subjugado sessenta anos de preconceito religioso.

Levei uma cadeira para o meio do círculo. Ester sentou-se ali, impus as minhas mãos sobre ela, e Jesus salvou-a e batizou-a com o Espírito naquele momento. Suas mãos se elevaram e ela exclamou:

“Oh-h-h, Jesus! Obrigada, Jesus! Louvado seja, Jesus!”

Para alguém que tinha aprendido a culpar Jesus, ao invés de amá-lO e adorá-lO, era uma volta e tanto!

“Quem será a próxima?”, perguntei.

Você acredita que todas saltaram e ficaram em fila para se sentarem na cadeira de oração?

Eu não fizera nada para convencê-las a não ser uma exígua palavra de testemunho. Disse apenas o que acontecia comigo. Foi tudo. Deus fez o resto, tudo sozinho.

Existe alguma coisa difícil demais para Deus? Ele diz que não. E, se há, eu ainda não encontrei.

Algumas das senhoras passaram a freqüentar a igreja local. Voltei ao encontro dezenas de vezes, não para sentar e esperar enquanto elas tentavam fazer contato com espíritos, mas para dirigir um estudo bíblico a fim de que elas pudessem aprender a viver como filhas do Rei.

Que é que você tem feito com a palavra de seu testemunho? Está ela mofando numa gaveta ou entalada em sua garganta? Você está muito acanhado, muito assustado, muito constrangido, muito cheio de orgulho para tomá-la e deixar que Deus a use para derrotar o inimigo e ganhar alguém para o Seu reino? A pessoa que trabalha ao seu lado conhece Jesus? Você se importa o suficiente para descobrir?

 

Harold Hill, saudoso industrial e escritor pentecostal norte-americano – adaptado do livro Como ser vencedor – Ed. Vida

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